quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pastoral planeja produzir material específico para catequese dos encarcerados


Por meio da Catequese, Pastoral pretende contribuir para a convivência social entre os encarcerados


A Pastoral Carcerária e a Comissão Bíblico-catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) planejam a elaboração de um material específico para a catequese dos encarcerados. O assunto foi discutido entre os dois organismos na última terça-feira, 23, na sede da CNBB.

"Há uma demanda dos próprios presos, que necessitam tanto da iniciação cristã quanto da formação permanente", explica o presidente da Comissão, dom Eugênio Rixen. "Os agentes da Pastoral Carcerária também precisam deste material e nosso objetivo é fazer com que os próprios presos se tornem catequistas de outros presos", acrescenta.

O material ainda não tem data para ficar pronto, mas o coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir João Silveira, espera que até o final do primeiro semestre do próximo ano o subsídio já esteja nas mãos dos agentes. No início de 2011, a equipe de redatores, que está sendo formada, se reúne para iniciar a redação do texto. A ideia dos organizadores é recolher sugestão também dos presos para o conteúdo do material.

Segundo padre Valdir, um dos aspectos a ser ressaltado no material é o perdão na perspectiva da restauração. "Tem preso que não se perdoa. Vamos colocar [na cartilha] textos bíblicos mostrando que Deus perdoa", explica o coordenador.

"Nosso objetivo é levar o preso a reconciliar-se consigo e com o outro, criando comunidade", ressalta padre Valdir. Ainda de acordo com o religioso, a Pastoral Carcerária, através da catequese, quer gerar comunhão entre os detentos, ajudando-os na convivência social, e, ao mesmo tempo, elevar sua autoestima.

De acordo com a Pastoral Carcerária, há, no país, 490 mil detentos. "A maioria é pobre, jovem e semianalfabeta", diz padre Valdir. A Pastoral está presente em todos os estados brasileiros e possui mais de seis mil agentes.

Fonte: CNBB

Nenhum comentário:

Postar um comentário